Estavas à espera que o tempo fosse um obstáculo intransponível, não estavas?

Já ouviste, talvez mais do que gostarias, que certas jornadas são mais apropriadas para os jovens. Mas hoje, vou contar-te um segredo que o mundo insiste em esconder: é possível despertar a consciência em qualquer idade. Até mesmo numa idade avançada.

Imagina uma biblioteca. Aquelas grandiosas, com estantes que parecem tocar o céu e um silêncio que só é interrompido pelo folhear de páginas. Os livros mais antigos, guardados nos cantos mais remotos, contêm histórias e sabedorias que os mais novos nem sequer imaginam. São, por vezes, esses os mais valiosos. E é essa a magia da idade.

A tua vida, repleta de histórias, aprendizagens e experiências, é como esses livros preciosos. E dentro de ti há uma sabedoria adormecida, à espera de ser reavivada.

Tem em atenção as seguinte recomendações:

1. Reconhecimento: Antes de mais, reconhece que nunca é tarde. Esta pode ser a alvorada do teu entendimento, mesmo que já tenhas visto muitos amanheceres.

2. Validação: Abraça as tuas vivências. Cada ruga, cada memória, cada lágrima e riso. Eles não são apenas marcos do teu passado, são bússolas para o teu despertar.

3. Curiosidade: Lembra-te da tua juventude, quando tudo era uma novidade? Resgata essa curiosidade. Questiona, aprende, reinventa-te.

4. Comunidade: Rodeia-te de pessoas que te inspirem. Mesmo que sejam mais jovens. Aprender é uma via de mão dupla.

Conheço um senhor, o Sr. Joaquim, que aos 75 anos decidiu que queria entender o mundo de uma forma mais profunda. Trocou os jornais diários por livros de filosofia, meditação e até ciência. Ele sempre dizia: "Estou a viver a minha segunda juventude, mas com a sabedoria da primeira."

O Sr. Joaquim é a prova viva de que nunca é tarde para despertar a consciência. E tu? Estás pronto para começar esta jornada, independentemente da idade que o teu bilhete de identidade indica?

Lembra-te: a consciência não tem idade. E o teu despertar pode estar apenas à distância de uma decisão. Porque a vida, querido leitor, não é medida em anos, mas em momentos de profunda realização. E esse momento pode ser agora.